Viva: A Vida é uma Festa - Como uma animação nos ensina outra maneira de encarar a perda
A perda de um ente querido é algo pelo que todos nós passamos ou passaremos um dia. Mas a forma de encarar isso faz toda diferença para quem continua vivendo. Neste Dia de Finados, resolvemos trazer uma homenagem aos que se foram relembrando o filme "Viva: A Vida é uma Festa" (Coco, 2017) da Disney/PIXAR. Confira!
Parece natural pensar na morte de forma triste, com extremo pesar e sofrimento. Entretanto, esse é o modo com que a cultura brasileira trata o assunto. Ao redor do mundo, diversas culturas se despedem de seus entes queridos de modos bem diferentes, tentando trazer algo de alegria para enviar o falecido para outro mundo e confortar os corações dos que ficam. Recentemente, por exemplo, o meme dos "dançarinos do funeral" trouxe isso à tona, mostrando uma cerimônia no Gana em que homens carregam o caixão dançando enquanto seus familiares se despedem alegremente. O vídeo original, de onde as imagens foram retiradas para o meme, faz parte de um documentário divulgado pela BBC África e conta a história desta forma de celebração. Vale a pena conferir, clicando AQUI.
Outra cultura que encara a morte de uma maneira totalmente diferente da nossa é a mexicana. Lá, no Día de los Muertos, o equivalente ao nosso Dia de Finados, ao invés de lembrar dos que se foram com pesar, a população promove uma grande festa, em que relembra dos seus mortos sem deixar de celebrar a vida. A celebração é fruto do sincretismo religioso, que une elementos da cultura dos povos originários com o catolicismo europeu. Quem quiser saber mais sobre o assunto, pode conferir este documentário do History Channel que está muito interessante, clicando AQUI.
Bom, foi justamente nesta celebração tão cheia de significados e cores que a Disney/PIXAR ambientou a animação "Viva: A Vida é uma Festa", disponível na Disney+. Na trama, o garoto Miguel tem o sonho de ser músico, fato que não é bem recebido em sua família onde a música é proibida há algumas gerações. Entretanto, durante as celebrações do Día de los Muertos, Miguel misteriosamente se vê no Mundo dos Mortos, onde o malandro Héctor o acompanha em uma maravilhosa jornada para entender a história de sua família.
O filme nos apresenta os elementos da cultura mexicana e nos explica o significado da festividade de uma maneira empolgante e, por vezes, comovente. Se você já perdeu um ente querido, é impossível não se pegar pensando como ele estaria nessa ambientação proposta pela animação, onde a principal mensagem é a de que, independente da sua concepção religiosa, todos nós enfrentaremos duas mortes: A primeira delas é a morte física que todos conhecemos, em que nosso corpo perde suas funções químicas e biológicas, retornando a ser apenas a matéria da que somos compostos. Já a segunda, retratada no filme, é o momento em que a última pessoa que nos conheceu e nos amou, experimenta a sua primeira morte.
Portanto, aproveite este Dia de Finados para relembrar dos que se foram, não com pesar, mas com alegria por todos os momentos felizes divididos com eles, porque enquanto vivermos, eles também estarão vivos, dentro de cada um de nós.
Que filme... Nos traz diversos ensinamentos, reflexões relacionadas a morte, como encaramos essa passagem.
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